O Stinger está a chegar a Portugal e posiciona a Kia num universo diferente daquele em que estamos habituados a ver as propostas da marca sul-coreana. Este "falso coupé", com 4,83 metros de comprimento, tem uma volumetria superior à proposta do Audi A4, BMW Serie 3 e Mercedes Classe C, modelos do segmento premium.
O desenho nasceu no Centro de Estilo da Kia na Europa sob a batuta de Gregory Guillame. A carroçaria de quatro portas tem um estilo coupé. Mede 4,83 metros de comprimento, 1,86 de largura e 1,4 de altura, o que equivale a dizer que é mais volumoso do que o Audi A4, o BMW Serie 3 ou o Mercedes Classe C. A distância entre-eixos (2,96 metros) também é maior, o que paga dividendos em termos de habitabilidade. Como curiosidade, refira que, sendo uma proposta diferente do Kia Optima, tem dimensões semelhantes.
O design alia o estilo característico da Kia, sublinhado pela grelha dianteira, com um carácter desportivo marcado pelos detalhes que vão dos faróis LEDS à eficácia aerodinâmica, para já não falar na altura reduzida do tejadilho com uma curva descendente. É uma excelente opção no campo da forma, mas condiciona um pouco a acessibilidade aos bancos traseiros.
Depois, e de acordo com o nível de equipamento, temos o "head up display" e o ecrã central de oito polegadas, com comandos e informações que não são muito diferentes das que encontrámos no Hyundai i30 N, que vão da navegação e info-entretenimento (ligações Android e Apple Car Play), até às forças "G" (na versão mais desportiva), para já não falar nos modos de condução com cinco opções.
A bagageira com 406 litros é interessante, mas está longe de ser uma referência no segmento. Talvez se esperasse mais num modelo com esta volumetria, mas a forma da carroçaria condiciona o espaço disponível.
O condutor pode optar por um de cinco modos de condução: "SMART", deixando à electrónica a decisão de todas as opções, é o modo "não me comprometa"; "ECO", para quem quanto menos consumo, melhor; "COMFORT", para quem pensa na família; "SPORT", para o prazer da condução; e "SPORT +" para os mais radicais, capazes de prescindirem das ajudas electrónicas à condução. Estes modos actuam ao nível da direcção e da resposta dos amortecedores, mas também da transmissão e do motor, para já não falar do som dos escapes.
Mas já não gostámos tanto dos ruídos aerodinâmicos nos vidros traseiros, nem da insonorização. Quando "as coisas acontecem", a alto regime, o motor fala demasiado alto e isso mostra que a Kia poderia ter ido mais longe no campo da insonorização desta proposta diesel, porque se "sabe bem" ouvir o cantar de um gasolina, os motores a gasóleo não têm dotes canoros...
FICHA TÉCNICA
Motor |
2.2 CRDI |
2.0T GDI |
3.3 V6 GDI |
Cilindrada (cc) |
2.199 |
1.999 |
3.342 |
Potência máxima (cv/rpm) |
200/4.500 |
255/6.200 |
370/6.000 |
Binário máximo (Nm/rpm) |
440/1.750 |
353/1.400 |
510/1.300 |
Velocidade máxima (km/h) |
230 |
240 |
270 |
0 a 100 km/h (s) |
7,6 |
6,0 |
4,9 |
Consumo médio (l/100 km) |
5,6 |
8,3 |
10,6 |
Emissões CO2 |
144 |
190 |
244 |
Preço desde (€) |
57.650* |
55.650* |
80.150* |
(*) Inclui incentivos da campanha de lançamento para as versões de tracção traseira.
+ INOVAÇÃO. A evolução da marca é evidente em cada um dos novos modelos apresentados e este Stinger abre novos horizontes para a Kia em mercados onde o peso da imagem "Premium" não é tão evidente.
- A REVER. Há pontos a melhorar aos nível da qualidade dos materiais do habitáculo e na insonorização do habitáculo.